Izabella Teixeira: COP 30 inaugura o momento em que os países emergentes terão papel decisivo na agenda global
A programação oficial da 3ª Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias foi iniciada na noite de 30/10, em Salvador(BA), com o painel “Diálogo da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias”, moderado por Raul Jungmann, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). O debate contou com a ex-ministra do Meio Ambiente e membro do Conselho Econômico e Social da ONU, Izabella Teixeira; com o ex-ministro da Fazenda e diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados do Banco Safra, Joaquim Levy; e com o presidente e CEO do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM), Rohitesh Dhawan.
Questionada sobre o que esperar da COP 30, Izabella Teixeira ressaltou que a agenda climática “deixou de ser um problema do futuro e passou a ser uma questão do presente”. Segundo ela, o evento em Belém simboliza uma nova fase da diplomacia climática, com foco em implementação. “O Brasil é um ator estratégico, um player essencial no campo dos minerais e das energias renováveis. A COP 30 inaugura um novo momento, em que os países emergentes terão papel decisivo na agenda global”, destacou.

painel “Diálogo da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias” – crédito: divulgação
Joaquim Levy: Brasil oferece soluções inovadoras
Já Joaquim Levy abordou os desafios enfrentados pelo setor privado diante da transição energética. O executivo afirmou que há uma “cautela maior” nas decisões de investimento, mas reconheceu que o Brasil oferece soluções inovadoras e competitivas para o enfrentamento das mudanças climáticas. “As opções compatíveis com o clima são, no Brasil, as preferidas. Temos potencial para integrar biocombustíveis e mobilidade híbrida, o que pode nos posicionar na vanguarda da descarbonização global”, afirmou.
Rohitesh Dhawan: é preciso mudar a percepção pública sobre a mineração
Trazendo uma perspectiva internacional, Rohitesh Dhawan destacou a necessidade de mudar a percepção pública sobre a mineração. Para ele, o setor passa por uma profunda transformação, mas ainda carrega uma imagem negativa semelhante à da ação climática. “Precisamos mostrar que a mineração de hoje é diferente, transparente, tecnológica e essencial para a transição energética global”, afirmou. O executivo reforçou que os sistemas caros e ineficientes são os atuais, baseados em combustíveis fósseis, e não os que estão sendo construídos com energia limpa.
Dhawan também chamou atenção para os desafios de comunicação enfrentados pela agenda climática. “Muitos associam a ação climática a um tema das elites, quando, na verdade, ela é uma questão de sobrevivência e bem-estar social. É preciso mudar essa narrativa e aproximar as pessoas da transição verde”, declarou.
A programação completa da conferência está disponível no site https://amazoniaenovaseconomias.com.br/
Patrocinadores
A Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias conta com o patrocínio na categoria Master da BHP, Hydro e Vale; na categoria Cota 2, da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) e do Governo da Bahia; na categoria cota 3, Itaú, e na categoria Cota 4, Alcoa. Também recebe o apoio da Concertação pela Amazônia, Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) e Instituto Arapyaú. A Rede Bahia é a media partner da Conferência.
Patrocinadores
Master
Cota 2
Cota 3
Cota 4
Apoio
Media Partner
Institucional
Companhia Aérea Oficial