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Especialistas discutem, na 2ª Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, estratégias para o Brasil liderar o setor de minerais estratégicos

O painel “A visão nacional e internacional dos minerais estratégicos na descarbonização da economia global” debateu sobre a liderança do Brasil no processo de transição energética.

A crescente demanda global por minerais estratégicos essenciais para a transição energética tem colocado o Brasil em uma posição central nas discussões sobre sustentabilidade e competitividade no setor mineral.

Durante a 2ª Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, o painel “A visão nacional e internacional dos minerais estratégicos na descarbonização da economia global” debateu estratégias para que o Brasil assuma a liderança no processo de transição energética.

Para os participantes do painel, para o Brasil aproveitar o seu potencial no setor de minerais estratégicos são necessárias ações coordenadas de curto e longo prazo, além de um esforço conjunto. Os especialistas apontaram soluções como a integração de políticas públicas, investimentos em infraestrutura e inovações, diversificação e atração de investimentos, sustentabilidade e responsabilidade social, parcerias e cooperação internacional e o fortalecimento das agências reguladoras.

O painel também apontou a necessidade de adoção de propostas de ações prioritárias para a Amazônia, aproveitando a infraestrutura local para desenvolver tecnologias que minimizem impactos ambientais.

Entre as propostas estavam incentivar a agregação de valor e a promoção de produtos nacionais com baixas emissões de carbono e com origem sustentável; fomentar a inovação tecnológica para tornar a mineração brasileira mais competitiva, com foco em circularidade e reaproveitamento de materiais secundários e investimento em pesquisa e desenvolvimento para a reduzir os impactos ambientais e promover uma mineração mais eficiente.

Além disso, os participantes afirmaram que o país deve aproveitar a COP 30 e a presidência do Brasil nos BRICS para liderar a criação de uma “Opep” dos minerais fundamentais para a transição energética para articular uma agenda de descarbonização mais justa e colaborativa e atrair investimentos para firmar o Brasil como um polo confiável para a produção sustentável de minerais.

Moderado por Rafaela Guedes, Senior Fellow, do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), o painel teve a participação dos especialistas Maria Jose Gazzi Salum (CSO da Sigma Lithium), David Zylbersztajn (Professor da PUC/Rio), Gustavo Naciff de Andrade (Superintendente Adjunto da EPE), Silvia Cristina Alves França (Diretora presidente do Centro de Tecnologia Mineral – CETEM) e Monica Cesar (Gerente Geral de Assuntos Corporativos da Vale Base Metals).

Sobre a Conferência

A Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, realizada entre os dias 6 e 8 de novembro, foi organizada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e teve a parceria do Governo do Pará e foi apresentada pela Vale e teve como patrocinadores na categoria Master, as empresas BHPHydro; como patrocinadores Belém, o Itaú e a MRN; como patrocinador Gestão de Resíduos, a empresa Alcoa; como patrocinadores Sustentabilidade, o Conselho Indígena Mura e a Potássio Brasil. Já na categoria Compensação de Carbono, a Conferência tem como patrocinador a Ambipar. A Latam é a companhia aérea oficial do evento.