Especialistas debatem papel da mineração responsável na Amazônia
Urgência em integrar práticas, participação social, diversificação econômica e capacitação local estão entre os temas debatidos na 2a. Edição da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias
Há uma urgência em reconfigurar a atuação da mineração na região [Amazônica], inserindo-a em uma agenda que integre prosperidade, desenvolvimento sustentável, preservação ambiental e a promoção de novas economias locais. Este foi o tema central do painel “A Nova Mineração em Uma Agenda Estruturante e de Desenvolvimento na Amazônia”, realizado na 2a. Edição da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, no dia 7 de novembro.
Para os palestrantes, é fundamental a adoção de boas práticas que promovam uma mineração mais responsável, que não limite a redução de danos ambientais, “mas que atue ativamente na promoção de um modelo próprio de economia sustentável”.
Para isso, os palestrantes indicam que é necessário a adoção de tecnologias limpas, como o uso de energias renováveis no processo de extração e a implementação de práticas circulares que minimizem impactos ecológicos. Na ocasião, citaram como exemplo as empresas Hydro Paragominas e a Vale, que apresentaram iniciativas voltadas à utilização de energia solar e eólica.
A necessidade de repensar o papel das grandes mineradoras também foi um dos tópicos defendidos. A justificativa é que essas companhias “devem ir além dos impactos diretos de suas operações e assumir responsabilidades no fomento ao desenvolvimento das regiões onde atuam”.
Ademais, propostas como fortalecer o diálogo mais amplo e efetivo entre as empresas, governos e comunidades locais, diversificação econômica e apoio a bioeconomia e promoção da educação e capacitação local, também foram algumas das soluções para uma agenda estruturante na Amazônia.
O moderador do painel foi Bruno Patrini, sócio-fundador da Humana. Entre os convidados estavam Caio Magri, do Instituto Ethos, Marcia Soares, da Vale, Anderson Martins, da Hydro- Paragominas, Guido Germani da MRN (Mineração Rio Norte), Neilton Marques da Silva, da UFAM (Universidade Federal do Amazonas) e Eduardo Martins, ex-presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
A Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias é organizada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). Tem a parceria do Governo do Pará e é apresentada pela Vale e tem como patrocinadores na categoria Master, as empresas BHP, Hydro; como patrocinadores Belém, o Itaú e a MRN; como patrocinador Gestão de Resíduos, a empresa Alcoa; como patrocinadores Sustentabilidade, o Conselho Indígena Mura e a Potássio Brasil. Já na categoria Compensação de Carbono, a Conferência tem como patrocinador a Ambipar. A Latam é a companhia aérea oficial do evento. O evento termina nesta 6ª feira (8.nov.2024).