Jornal Nacional | No Pará, conferência internacional debate o desenvolvimento sustentável da Amazônia
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A conferência reforça o entendimento de que a Amazônia não é um obstáculo para o desenvolvimento econômico, mas esse crescimento precisa ser sustentável para preservar a natureza, reduzir desigualdades e melhorar a vida das pessoas
No Pará, uma conferência internacional está discutindo o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Autoridades internacionais e integrantes de organizações que defendem o meio ambiente participam dos debates. Os desafios da indústria da mineração para adotar tecnologias sustentáveis e inclusivas, além de fortalecer o diálogo com as comunidades foram discutidos nesta quinta-feira (31).
“Processo só é, vamos dizer assim, perfeito quando a comunidade é incluída na discussão e quando ela influi na discussão. Não só é ouvida como ela pode também opinar. Essa que é a questão fundamental”, diz Julio Nery, diretor de Sustentabilidade do Ibram.
O ex-primeiro ministro britânico Tony Blair defendeu um financiamento para enfrentar a mudança climática. Disse ainda que a humanidade tem capacidade para resolver os problemas que afetam o planeta, se houver comprometimento e um plano que atenda a todos.
A conferência reforça o entendimento de que a Amazônia não é um obstáculo para o desenvolvimento econômico, mas esse crescimento precisa ser sustentável para preservar a natureza, reduzir desigualdades e melhorar a vida das pessoas.
“Eu acho que o que a gente tem que trabalhar agora em conjunto com o poder público, a iniciativa privada, e a academia, obviamente, é possibilitar que essas tecnologias estejam disponíveis nas diferentes realidades que o país tem”, afirma Thaiza Bissacot, diretora de Meio Ambiente da Alcoa.
O ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon citou graves crises globais, como a guerra na Ucrânia e as mudanças climáticas durante a abertura do evento e disse que o compromisso com a sustentabilidade do planeta deve ser coletivo.
Em Vitória do Xingu, sudoeste do Pará, uma parceria entre a concessionária que administra a Hidrelétrica de Belo Monte com a mulheres indígenas produtoras de cacau e chocolate gera renda pra comunidade local.
“A gente viu que só para ter a subsistência não tinha sentido e que a gente poderia também empreender. Quem compra esse chocolate não está levando só uma barrinha de chocolate, está levando história”, diz Katyana Xipaia, produtora de cacau de Vitória do Xingu.